quinta-feira, 18 de março de 2010

Algo sobre o MOSHfest


Quebrando a pasmaceira das tardes de domingo, o NAHC – Nova Aliança Hard Core Crew – renovou o perfil dos eventos culturais de Patos de Minas: somente bandas de HC ou com pitadas deste estilo musical. Aos moldes dos saudosos eventos produzidos pela Subcena, o Mosh Fest trouxe bandas de Patos de Minas, Uberlândia e Brasília e, sempre por uma questão social, arrecadou alimentos que serão doados para a Casa das Meninas. Embora o público não tenha sido tão expressivo quanto o esperado, dos eventos que prestigiei foi um dos que houve maior participação no mosh. Ressaltando que a ordem de apresentação das bandas favoreceu a agitação da galera: as bandas se apresentaram das menos pesadas para as de pura pancadaria.

Iniciando, a Blake mostrou que melhorar é possível já que o vocalista Max apresentou maior segurança no palco. Uma mistura de punk, hard rock, grunge e outras coisinhas a mais formam o som da Blake. É um som para quem gosta de pura diversão a começar pela performance de Max (vocal).

Em seguida a Esquiva, de Uberlândia, trouxe para Patos de Minas o HC Melódico, com forte influência de Dead Fish. Segurança e técnica são o que define a banda, a começar pelo vocal seguro de Zé (José Tadeu).

Também de Uberlândia, a banda Another Rise “tiniu” os ouvidos dos espectadores (isso por causa da agressividade do vocalista que ia do gutural agudo pro grave como se fossem duas pessoas distintas) com uma mistura de Death Metal com HC (Nota: pena que durante a apresentação da banda um pequeno atrito entre os participantes do mosh fez com que a roda esfriasse um pouco... Sinceramente, mosh sim, brigas não!).

Após a turbulência do Another Rise foi a vez do Folego e a primeira que vi um baterista (Renato) precisar de um rold particular para segurar o bumbo da bateria... A banda Folego apresentou as músicas que já estão na boca da galera e algumas novas como Nova Aliança Hard Core Crew, que contou com um back vocal feito pela platéia. Como sempre, o Folego garantiu o mosh com letras que mostram que é possível mudar o mundo (mesmo que seu o seu mundo interior). Ressaltando a participação de R-Loco (Ricardo Wemerson) que deu uma pitada de gangsta ao HC New York do Folego.

Fechando o evento, a banda brasiliense Senseless, que de cara foi a mais pesada da noite, misturou letras com temática cristã num som mesclado de new metal e hc. Destaque para o cover “Destroy Everything”, de Hatebreed. A Senseless contagiou o público que permaneceu até o fim e ouviu atentamente a mensagem positiva que o vocalista Matheus levou nos intervalos das músicas.

O Mosh Fest foi o primeiro evento da NAHC que agora também se torna Ponto Parceiro do Circuito Fora do Eixo. Na ocasião, o referido evento promoveu em Patos de Minas o lançamento nacional do 'Fora do Eixo ao Extremo'. Esperamos que esta parceria torne mais diversificada a cultura patense promovendo o verdadeiro underground da região.

Por Renata Estevam de Brito.

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